A massagem desportiva com gelo é um hábito frequente entre os atletas após os treinos ou provas. No entanto este procedimento não é consensual: enquanto há autores que defendem que a massagem gelada traz imensas vantagens, outros consideram que esta prática é ineficiente.
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Porque a massagem desportiva com gelo pode ser desvantajosa?
Na obra Ask coach Poliquin – The best Q&A columns from over two decades, de Charles Poliquin, é defendido que a massagem desportiva com gelo não acelera o processo de recuperação do esforço físico intenso.
Embora reconheça que esta prática é bastante frequente, Charles Poliquin acredita que efetivamente a massagem com gelo não traz resultados. O treinador refere que o procedimento é muito desconfortável e uma «perda de tempo»: além de ser ineficiente para a perceção da dor, a massagem com gelo não melhora a DPE (a Dor Muscular Pós-Esforço).
De acordo com Charles Poliquin, este tipo de massagem até é capaz de atrasar o crescimento e regeneração dos músculos, visto que suprime os marcadores inflamatórios, responsáveis pela ativação do ciclo da super-compensação. Por sua vez, esse ciclo é responsável pela recuperação e adaptação biológica fisiológica.
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O que afirmam os defensores deste tipo de massagem desportiva?
Apesar deste ponto de vista negativo, há imensos defensores da massagem desportiva com gelo após o esforço físico. Cristiano Ronaldo é um dos mais célebres. Entre as vantagens apontadas a este procedimento, destaca-se a capacidade de recuperação em lesões traumáticas de tecidos moles, visto que a massagem com gelo reduz a inflamação.
Através do arrefecimento dos tecidos, o fenómeno inflamatório fica limitado, havendo a redução da formação do edema e ainda uma menor hemorragia dos tecidos e dor.
Os defensores da massagem com gelo também referem que este procedimento reduz a sensação de fadiga, o que não só potencia o desempenho físico, mas também diminui as dores nos músculos que costumam surgir depois de um treino ou prova.
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